Quantos dias, quantos dados
Quantas noites de mil fados
Nessas noites de falências?
Marieta na cozinha
Beirando avental queimado
Todo flores corderrosa
Em lembrança de um natal
Na janela, Marieta
Íris rude sem jardim
Peito murcho de parado
Da janela, detrás cerca
O perfume da vizinha
Cheiro caro da vizinha
Que chegava em Marieta
Quantos dentes, quantos dados
Quantos doces redimidos
Às dosagens de indivíduo?
"Marieta, ô muié
Teu café tá água pura"
Sem aromas europeus
É só lágrima barata
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