terça-feira, 26 de junho de 2012
Alumiado
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helena
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sexta-feira, 22 de junho de 2012
Definições
frederico, frederico
então diz que poesia é risco?
pois eu digo que além disso
acima de tudo poesia é riso
ou de gozo ou de nervoso
riso alto ou recolhido
às vezes um cisco no olho
às vezes a queda
de
um
cílio.
então diz que poesia é risco?
pois eu digo que além disso
acima de tudo poesia é riso
ou de gozo ou de nervoso
riso alto ou recolhido
às vezes um cisco no olho
às vezes a queda
de
um
cílio.
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helena
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terça-feira, 19 de junho de 2012
Flor chilena
se quero agora escrever
é porque Violeta já quis um dia
nada de poema (re)lento
lirismo parado, sem tempo
sem saber denada
não me importa não saber de mim
ou de ti
mas sim saber do mundo violento
- e vermelho
em que voou Violeta
ainda nem velha
longe das vistas,
rosto de índia
marca de varíola
Violeta pajarita
que não se aguentou sofrida
e morreu (como viveu)
mulher bonita.
há de estar feliz e de estar triste
pois Violeta canta e toca
e pinta e ama
e me faz chorar
enquanto eu, fraca
(eu tola)
só me faço escrever
uns bobos versos diários
sem voz sem força
pois há de estar beirando a arte
tal qual fosse a própria vida
e nunca (nunca!) deixar
adestrar-se.
é porque Violeta já quis um dia
nada de poema (re)lento
lirismo parado, sem tempo
sem saber denada
não me importa não saber de mim
ou de ti
mas sim saber do mundo violento
- e vermelho
em que voou Violeta
ainda nem velha
longe das vistas,
rosto de índia
marca de varíola
Violeta pajarita
que não se aguentou sofrida
e morreu (como viveu)
mulher bonita.
há de estar feliz e de estar triste
pois Violeta canta e toca
e pinta e ama
e me faz chorar
enquanto eu, fraca
(eu tola)
só me faço escrever
uns bobos versos diários
sem voz sem força
pois há de estar beirando a arte
tal qual fosse a própria vida
e nunca (nunca!) deixar
adestrar-se.
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14:35:00
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sexta-feira, 15 de junho de 2012
Conto da apertação
Dinossaurava, com as mãos de unhas roídas postadas para a frente, abanando o vento e o caminho que vinha. Passava lento, complicando-se em cada pegada, e já nem mais as horas sabia ler por detrás dos longos pelos abandonados na era do preto e branco. As costas dromedárias deviam doer grunhidos no chegar cansado da tarde parda de pardais escondidos em vielas paulistanas. O amarelo nas sacadas e portas altas era o outono intocável do centro velho, entre postes de luz apagada, entre o dia que vinha à trabalho e a lua que não fazia questão nenhuma de postar-se parada vendo as vidas se cruzarem em bem-ou-mal-quereres. Ali nos víamos, amarelados pelos abajures da cidade, eu e o senhorinho, que andou tal como andava antes, parou rente à minha vista e tirou o marrom sujo dos sapatos junto com os sapatos todos, enlameados, sobrando de inteiro só o cadarço sujo. Saiu descalço, lento e doído, manchando o chão gelado com um sangue tão mirrado e tanto, nem nele cabiam adjetivos mais. A equipe de limpeza chegou naquela mesma semana e o sangue fraco, esparramado, foi-se em queda pelos bueiros, pelos cheiros do centro velho. Os pés do senhor cicatrizavam de poucos, à revelia das plaquetas precárias, enquanto (entretanto) as dores se enfrioravam cada vez mais. Passou dia, passou outro, e os cadarços, por travessura alheia, resistem segurando os velhos sapatos sobre a fiação, dependurados, espiando a todo tempo a cidade que nem mesmo a lua teve vontade de ver.
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helena
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11:31:00
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sábado, 9 de junho de 2012
tudo que se faz
navio novo no cais
cada onda que passa
te amo inda mais.
cada onda que passa
te amo inda mais.
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helena
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23:59:00
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segunda-feira, 4 de junho de 2012
Saga
qualquer quem
cada um
(cadafalso)
caiu da escada
gradual
degrau
abaixo
estrela cadente
em cadeira de rodas
descansa luz
sossega o facho
e se fecha quadrada
no tapete da sala.
cada um
(cadafalso)
caiu da escada
gradual
degrau
abaixo
estrela cadente
em cadeira de rodas
descansa luz
sossega o facho
e se fecha quadrada
no tapete da sala.
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helena
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22:24:00
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