de datas e dias marcados
janelas cortinas espasmos
faz escuro nessa noite
de todos os fogos
- o fogo -
de onde vem minha gente
e o sono da brasa laranja
na nossa noite de paz
dente tantos entrementes
de dores sobremesas e sobressaltos
faz falta um resto de céu
nesses meus gestos de amores
falta faz também
algum gotejar qualquer
nessa agonia sonora de chuva
vento que aumenta e dança
chama atenção
sem ser convidado
pois nunca amei nenhum Pedro
nunca visitei Petrópolis
muito menos Pretrogrado
não cogitei suicídio
(por enquanto a vida é boa)
e nem sequer d'uma carta
esperei resposta
pois não tenho afinidade
com nada que seja infinito
(infindável e inferível)
tudo isso que me deixa
deixar para depois,
que me faz
perder a hora
como a janela que perde o solstício
e a estrela que foge
dos olhos de vidro.
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