segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Ode ao Tomate
Em terra de Neruda
Eu me calo
E miro o mar
Em terra de Neruda
Toda casa é primavera
Todo sismo é maré brava
As calles sinuosas
Tem cada paralelepípedo
De sapato feminino
Em terra de Neruda
Fim de tarde é gaivota
Longo cílio de Pacífico
As janelas se navegam
Nos sinos de toda rua
Nos seios em ode à lua
Em terra de Neruda
Todo vidro é floreira
Todo Chile é de brinquedo
Nada serve
Ser brinquedo
E quebrar tolo nos Andes
Ser chileno por Neruda
É estrela e resistência
Só se quebra de amores
Em terra de Neruda
Que sei eu
De amor e vida?
Em terra de Neruda
Nada sei de poesias
Ou quaisquer humanidades
Não tenho Matilda
Sebastiana, furores
Nem o Chile nem cebolas
Mas olho à esquerda
Um tomate em escarlate
Uma ode ao amor
Que Neruda ensinou.
Postado por
helena
às
14:56:00
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