segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Pensamento novo


que a poesia parou eu já sei
desde a semana passada
quando joguei palavras ao léu
e tudo ficou feio.

Quisera eu
saber trabalhar a poesia
montar vigas, veias e idades
estruturas de sintaxe
cortes, rebusques, simplezas
rimas – que não sejam aquelas
que todos já sabem por adivinhação.

Assim tem sido:
a poesia trancada com chaves
e poucos guardando o segredo.

Melhor de tudo
(ação direta e transmutável)
é pegar os manejos
dos grampos de cabelo
para abrir qualquer porta
ou código de cadeado.

Quero que a poesia volte
mas a quero clandestina;

clandestina e forte.

Um comentário:

  1. Menina, tu nem sabe o quanto gosto de encontrar gente de talento(s) como o teu. Me perdi e me encontrei nos teus versos.

    Flores.

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