domingo, 20 de fevereiro de 2011

Perros

Perro, perrito
Tiro um érre de teu nome
Escancaro teu ofício
És perito da cidade

Perro, perrito
Tiro um érre de teu nome
Em vão mostro os obstáculos
"Pero, porém", tanto cão em Santiago

Ou é culpa
Da hipnose de teus olhos
Feito Capitu, Jaci, Basilisco

Ou resulta
Do xadrez de teu andar
Descompasso sincrônico
Croniquíssimo!

Em crônicas se passa tua vida
Entre praça e parágrafo
Pois poema é demais métrica
Aos teus ciscos de latido

Todo texto seu se preposita
Homenagem ao malandro da esquina
Que ronca fomes e dá comida

Perro, perrito
Tua visa se aconchega
Patrimônio dos latinos
Em desfolhada antologia
Cujo título nomina Chile.

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