quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cidarte

Um dia, espero, serei
Como Carlos Adão
Um dia serei artista
Borrifarei meus amores

Na São paulo nunca mais me perderei
Cada viela ou avenida
Muro parede esquina
Terá um lembrete meu

Como totens no deserto
(Estátuas que só o vento mexe)
Verei sob a luz do dia
Meus caminhos pela noite
Meu mistério terra tinta

Farei arte no escuro
Como os olhos que se fecham para o beijo
Como o anonimato de minha assinatura

Mexam-se os muros!
Abram-se as portas!
Quando eu for Carlos Adão
Saberei minha cidade
Saberei minhas pessoas.

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