sábado, 11 de setembro de 2010

Nascer


De olhar muito pro céu azulento, em densa gradação, os pés meio que esquecem do tchoctchoc de tocar no chão terroso, meio que trupicam nos pedregulhos descaminhados, meio que fazem avoar a boca. E é assim que se dá a luz ao sorriso.


O sol é sorriso puro, e a lua é aprendiz, dessas que pegam aspas emprestadas. E a gente aqui: dia, caminhando contra a secura dourada; noite, emplastrados na grama cor de prata, reflexo de lua e estrelas maternais. E a gente aqui: sorriso branco que reflete a luz folhada. molhada. mas de quê, uai, se o ar é de pó?


(05/09/2010, Cordisburgo, Minas Gerais)

2 comentários:

  1. Que doçura..!

    Ah, eu posso te citar no meu blog? =)

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  2. Muito obrigada!

    (ah, por favor, pode sim! - ainda mais no seu blog, que eu gosto de ler!)

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