sábado, 6 de agosto de 2011

Piscadela

Essa exuberância que tu tens
Não vale
Nada.

Tanto ouro prata tinta
Tanto salto pedra banha
Pronome que te requinta.

Não vejo jaboticabas
Atrás das tuas negras lentes.
Tuas mãos apodreceram
Pois as de cera
Eu não defino verdadeiras.

De que te serve, caveira,
Tais apetrechos,
Se és insossa em natureza?

Belo é o mar
Aparece em transparências
Brinco de pérola é todo ele.

No mar, toda gente
É sereia, sereio
Que seja;

Se sorrisos tem janelas
No mar a dentada é bela
Pois a maior beleza do mundo
É porta aberta sem assalto
Sem estupro, morte, soco, assassinato.

Mi casa
Se casa.
E se o mar é horizonte
Cujo fim nem Colombo sabe
Façamos do mar o pleno lar
O infinitivo do verbo
Beijo, sal, dança, amor
Sorriso largo e certo.

As ondas são gargalhada
Do mar que o mundo reflete
No cílio da gente.

2 comentários:

  1. Desejos Poéticos do Amor30 de agosto de 2011 às 21:43

    Meu sorriso sumiu.
    Só meu cílio... refletiu o mar de ondas gargalhadas.
    Riso frio. Calafrio que me acalma e me faz lagrima, choro, morte.

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